21 de jun. de 2009

0800 mãe chama

P: Tenho um filho de 17 anos prestes a prestar vestibular e ele quer fazer um curso de tecnologia na área de jogos para internet. Desde pequeno que ele diz que quer trabalhar com computador. Eu e meu marido estamos receosos, quanto a escolha dele e principalmente em relação ao seu futuro e campo de trabalho.

R: Uma das grandes questões da adolescência é a escolha profissional, sendo que esta é o marco da passagem para a vida adulta. Esta se torna também uma preocupação para os pais, principalmente quando o jovem escolhe uma profissão diferente das referenciais, como: médico, dentista, engenheiro, advogado etc... A dúvida e angústia que fica para os pais, é se seu filho conseguirá ser bem sucedido financeiramente com a escolha não convencional que fez, desconsiderando por vezes se ele está feliz com sua opção, mesmo ganhando o suficiente para viver. Aliás, uma das prerrogativas de ser bem sucedido, é a de poder trabalhar no que se gosta de fazer. Ser administrador de empresas, veterinário etc... não é garantia de sucesso profissional. Estas profissões, hoje, encontram-se saturadas e muito competitivas tanto nos grandes centros, como no interior, o que leva os jovens muitas vezes a terem que se tornar muito especializados: cursos de pós-graduação, mestrado, formação em várias línguas etc... O mais importante é que a escolha do jovem, seja legítima e tenha partido dele, tendo como base suas aptidões e interesses. Hoje, temos visto que ser criativo e empreendedor são instrumentos poderosos para quem quer se sair bem profissionalmente. Aos pais, cabe acatar a decisão dos filhos, apoiando-os e dentro do possível, fornecendo ferramentas adicionais para que os mesmos atinjam seus objetivos.

(por Isabel Christina Gonçalves, psicoterapeuta e supervisora do texto teatral "Filhos Não Vem Com Manual")

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