25 de mai. de 2009


Fraca de dar dó.
O médico bonito da emergência me manda ficar calma.
Sotaque nordestino em São Paulo. Melhoro na hora.
Nem tem como ser diferente.
Remédio pra pressão, gotinhas de alguma coisa doce pra ficar tranqüila e muita, muita paciência pra agüentar o resultado do exame. Duas horas de espera.
E minha mãe lá, na recepção vendo novela. Nesses momentos, mando a terapia pro buraco e me engancho nela. Mãe é mãe e a minha, mesmo mineira e surtada, não me deixa só.
Nunca.
Aliás, esse é o meu medo infinito: que ela me deixe só.
Resultado em mãos, antibiótico receitado, carinho do médico no ombro e eu vou pra casa.
No táxi, ela, ainda assustada, pergunta:
- E então, tá tudo bem? O que ele disse?
- Pra eu ter juízo e ficar tranqüila.
Ela suspira e me sai com essa:
- Ô filha... ele não tinha um remédio menos impossível, não?

Pois é...
Dizem que mãe tem sempre razão.


Por Lidiane retirado do blog Gira Mundo, Gira eu girassol

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